A CIS – Companhia Ituana de Saneamento começa um rodízio mais severo nesta sexta-feira, dia 20, liberando água um dia sim e dois não. Pior, mesmo nos dias em que o abastecimento for liberado, será limitado, “com tempo suficiente para abastecer o reservatório dos imóveis”.
O problema é conhecido, hoje, 4 bacias de captação estão só com 5% da capacidade, Itaim Taquaral, Gomes e Braiaiá. O volume de chuva é 37% menor do que a média dos últimos 10 anos e a seca é mais grave que a de 2014. A boa notícia é que as obras de captação dos anos recentes deixaram a cidade mais preparada e não serão necessárias as caixas colocadas nas esquinas para o povo se abastecer com baldes, como na seca anterior.
Como a previsão é que as secas extremas se repitam (devido ao aquecimento global e ao desmate da Amazônia) é recomendável que cada proprietário faça um planejamento para enfrentar o futuro de escassez.
Esse planejamento tem dois vetores: a) reduzir o consumo e b) aumentar a reservação.
Para reduzir o consumo é preciso conscientizar os moradores para banhos mais rápidos, limitar a rega das plantas e, principalmente, substituir as válvulas de vazão contínua dos sanitários por caixa acoplada. Dá trabalho e é caro, mas em vez de 20 litros por descarga, o gasto passa a ser de 6 litros.
O aumento da reservação implica em verificar a capacidade das caixas d´água, considerando que uma pessoa gasta 200 litros por dia. O ideal é que as caixas tenham reserva para cinco dias de consumo. Uma casa com 3 pessoas, por exemplo, deve ter caixas d´água somando 3.000 litros.
A outra recomendação, mais trabalhosa, é ter uma caixa grande, 5 mil litros, por exemplo, enterrada no jardim. Ela precisa ter uma bomba para levar a água para as caixas do telhado e é necessária tubulação para isso. O resultado é compensador, basta pensar no alívio de saber que não haverá mais privada sem água para descarga ou necessidade de tomar banho na Academia, como alguns moradores da City tiveram que tomar, recentemente.
Texto – Conselho de Administração