Cuidados com animais reúne diretora, membros do Conselho e moradores, com ótimos resultados
Quase sessenta gatos, 28 fêmeas e 26 machos que perambulam pela City já foram castrados, para evitar a proliferação dos animais ferais e outros 7 estão no abrigo, aguardando a vez de serem castrados. Esse é o resultado do trabalho do GPP – Grupo Permanente dos Pets, que embora pouco conhecido é da maior importância para o meio ambiente do nosso residencial.
O problema é que no mundo inteiro os chamados animais ferais, bichos domésticos que escaparam e se transformam em pragas criam problemas, e na City não é diferente.
No Sul do Brasil javalis criados em cativeiro escaparam, se multiplicaram e hoje atacam os milharais; em dezenas de rios a tilápia, peixe africano, ocupou o espaço ocupado por espécies nativas, que estão tendo sua população reduzida, enquanto na mata da Cantareira, no limite da cidade de São Paulo cachorros abandonados formaram alcateias ferais cujo comportamento é igual ao de bandos de lobos e chegaram a atacar e ferir algumas pessoas.
A Austrália é exemplo do dano que os animais ferais causam. Camelos ferais se multiplicaram tanto por lá que este ano estão sendo abatidos a tiro, por caçadores em helicópteros. Os coelhos europeus são uma praga introduzida e um sabichão que levou o sapo-cururu brasileiro para comer os insetos dos canaviais australianos criou um problema, pois o bicho virou praga e acabou com os sapos locais.
Até o poeta Olavo Bilac fez mal quando introduziu o pardal no Brasil, ‘tão bonitinho que come na mão da gente, em Paris’, e com isso o tico-tico está sumindo. A abelha-africana também é inseto feral, escapou de um laboratório em Campinas e depois de matar várias pessoas no Brasil foi se expandindo e já chegou até o Sul dos Estados Unidos.
Os gatos, que o GPP está castrando na City, atacam os ninhos de passarinhos, comem os ratinhos silvestres importantes para o equilíbrio do meio-ambiente e, quando doentes, com sarna, por exemplo, contaminam os cachorros. É preciso controlar sua população, e a solução é castrá-los. Mas isso custa dinheiro, e são moradores que pagam a operação, que é simples.
Esse grupo benemérito que cuida dos animais também responde por 26 animais silvestres que, atropelados ou doentes, foram atendidos por veterinários. São gambás, aves que caíram do ninho, lagartos e também coelhos, que embora ferais – escaparam da casa de um morador e se reproduziram soltos, não são muitos pois, embora castrados, os gatos ferais almoçam um coelho de vez quando. É assim que funciona a natureza.
Texto – Conselho de Administração
@bebeto